Pesquisa com associados da Aciub aponta cenários e expectativas entre micros e pequenas empresas de Uberlândia
Uma pesquisa realizada pela Aciub entre as micro e pequenas empresas associadas à entidade identificou que 77% dos empreendedores acreditam na estabilidade ou melhoria dos negócios nos próximos meses, sendo que 79% aposta que as atividades serão mantidas em funcionamento, com tendência da ampliação rumo à normalidade. A pesquisa também confirmou o cenário de forte queda do faturamento diante da pandemia, mas por outro lado verifica-se para os próximos meses uma tendência de otimismo em relação ao cenário econômico.
A pesquisa realizada pela Xtrategie ouviu os associados entre os dias 17 a 24 de agosto, com o objetivo de identificar ânimos e expectativas em relação à economia e o crescimento das atividades dos empreendedores. O questionário aplicado contemplou questões desde variações ocorridas nas empresas durante o período de pandemia da Covid-19, assim como projeções futuras, como a questão das contratações.
Ânimos e expectativas
Quando questionados sobre as expectativas para os próximos meses, 77% dos empreendedores mostram confiança de que o cenário não vai piorar, sendo que 35% acreditam em melhorias, 42% na manutenção inicial do cenário e apenas 23% não estão confiantes. Em relação à abertura do comércio, a metade acredita que haverá evolução com queda das restrições, 30% aposta na permanência do momento atual por algum tempo ainda, e 20% tem o receio de novas restrições piorando o cenário. Uma outra abordagem foi sobre o consumo dos clientes, sendo que 41% dos entrevistados apostam em melhoria, 19% na estabilidade, e outros 40% ainda estão receosos em relação ao comportamento do consumidor.
As expectativas sobre a evolução do faturamento nas empresas, para os próximo meses, também foi objeto da pesquisa, sendo que 39% dos empreendedores acreditam no crescimento, 40% na estabilidade e 21% avaliam que ainda poderá ocorrer uma queda.
Impacto da pandemia
Estas expectativas de melhoria vêm depois de uma difícil realidade enfrentada pelos micro e pequenos negócios, que sentiram um grande impacto no faturamento desde março. A maioria dos entrevistados (66%) registraram redução no faturamento, 19% conseguiram manter a receita e apenas 15% registraram crescimento.
Dentre os fatores que geraram este impacto, segundo os entrevistados, o fechamento do comércio - como parte das medidas restritivas - lidera com 57,4%, seguido pelas dificuldades de acesso às políticas públicas e também ao crédito, com 25,6% e 24% respectivamente. A necessidade da implementação da digitalização, de maneira imediata e sem um planejamento, foi apontada como um fator de impacto para 12,4% dos participantes desta pesquisa.
O presidente da Aciub, Paulo Romes Junqueira, destaca a importância desta pesquisa para conhecer melhor a realidade dos associados e desenvolver mais ações de apoio às micro e pequenas empresas. “Neste ano vivemos um cenário muito diferente com esta pandemia, e para identificar de forma mais clara os impactos, e principalmente as expectativas, optamos por fazer esta pesquisa que foi muito enriquecedora. Além destes dados públicos, também levantamos algumas informações estratégicas que serão essenciais para que possamos apoiar ainda mais estes empreendedores, principalmente ao ver que estão confiantes e determinados a fazer a diferença para seguir com seus negócios e evoluir. Este será nosso foco, ajudar no processo de transformação e recuperação a partir dos próximos meses”, destacou o presidente ao lembrar, ainda, que o cenário de pandemia não acabou. “Aproveito para reforçar a nossa orientação para que todos façam a sua parte. Temos mantido os empreendedores informados sobre as medidas que precisam seguir, e estão fazendo. Agora contamos com a população para que sigam as orientações, pois assim poderemos avançar com a manutenção das atividades econômicas e recuperação deste cenário, sempre com foco na manutenção da saúde de todos, como defendemos desde o início”.
Esta pesquisa da Aciub foi realizada pela Xtrategie, exclusivamente com associados que se enquadram na modalidade de micro e pequenas empresas. Foram ouvidos 264 empreendedores, por telefone e e-mail, entre os dias 17 e 24 de agosto. A margem de erro do levantamento é de 5,26% e nível o de confiança de 95%.